sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Proudhon - A propriedade é um roubo.

Com um silogismo impecável, Proudhon, demonstra-se um grande pensador. Como podemos achar que a propriedade é, de fato, legítima? Partindo da premissa que todos temos direito à ela, e que quem não tiver está fora do justo, logo injustiçado. Portanto, ter uma propriedade é um roubo para com aqueles que não a possuem.

Uma versão simplificada do que li sobre. Porém, creio que toda a dialética e dialogação dele, Pierre-Joseph Proudhon, presente neste discurso (A Propriedade É Um Roubo) pode ser sintetizada até alcançar esse pequeno tamanho.

Proudhon é o primeiro a atribuir ao adjetivo "Anarquista" uma conotação boa. É de se esperar grandes feitos de alguém que muda conceitos. Assim que terminar de ler o livro, posto mais pensamentos proudhonianos. Só postei este, por ver na argumentação um diálogo com nós, leitores, excepcional.

sábado, 22 de agosto de 2009

Dante Alighieri: A divina comédia - Inferno

Lembrando-lhes leitores que não quero criar polêmicas, apenas quero expressar uma opinião própria. Que por vezes não tenho nem a certeza de estar correto sobre a mesma.

Uma breve introdução ao grande autor Dante Alighieri, não sou um grande historiador para dar uma ficha muito grande, mas fui um dos seus leitores. Ou um terço de leitor. Sua obra "A Divina Comédia" é tão divina quanto o próprio nome. É dividida em três partes: Inferno; Purgatório; Paraíso. No que estou prestes a depoimentar, espero ser direto e breve. Não tenho culhão para fazer uma grande análise. Apenas reflexões, que muito provavelmente já tenham sido feitas.

O Inferno que Dante criou foi suficientemente espetacular. Não só em grandeza de detalhes, mas a grande epopeia em que o próprio narrador e seu escudeiro Virgílio foram metidos. A ideia toda da história não se pode afirmar porquê nasceu, mas podemos imaginar os motivos que levaram-na a ser, por grande parte, muito bem aplaudida.

Conseguia me imaginar em cada momento do livro, em cada vírgula pude perceber o trabalho envolvido. Não só no escrever, mas também no publicar. E mostrar a cara à tapa. Numa época em que dizer que um padre poderia cometer pecados era mais do que um crime, era um verdadeiro pecado capital. Em uma época que qualquer comentário a respeito da igreja poderia lhe dar uma morte certa. Dante não se amedrontou com a própria morte. Escreveu com paixão e com loucura a própria ida ao inferno. Aonde reconheceu diversos homens, todos maus e todos bem castigados.

A grandiosíssima obra serve de inspiração para muitos outros literários. Como, arrisco, até mesmo à Gil Vicente em seu livro "Auto da barca do inferno". Usa-se personagens que representam classes sociais em ambos os livros. Não sei se de propósito, ou pior, não sei se por algum erro meu. Mas creio que há uma singela semelhança.

Até Maquiavel utiliza parte da técnica de Dante. Em "O príncipe", do primeiro, todas as instruções e os dados que são fornecidos ao leitor são retirados de uma história real. Enquanto que na obra do segundo, coisas parecidíssimas aconteciam. Muitos dos que sofriam no inferno, sofriam por coisas que fizeram em vida real.

Meu veredicto final não poderia ser outro senão: Excelente, por falta de outros adjetivos. Um livro que deve ser lido por qualquer um que tiver real intenção de um dia escrever algo grandioso.