quinta-feira, 22 de abril de 2010

Descartes - Discurso do método.

Não há outra forma para descrever a pessoa que foi Descartes, senão como um legítimo visionário. Pessoa que consegue enxergar além do seu tempo, farol da raça, como preferir chamá-lo. Com tanto conteúdo em seu texto, fica complicado especificar sua área atuante. Contudo, neste discurso, é evidente a maior preocupação do autor: explicar qual a metodologia usada para suas pesquisas.

Ela consiste, basicamente, de premissas simples. Uma delas é a de, enquanto se está quebrando uma casa (metáfora para "destruindo um conceito enraizado em si"), é necessária outra estadia, que esteja calma e que não haja perturbações do meio em que se vive. Esta, deve ser contemplada de uma razão simplória, medíocre (que está na média), sem contradições com o governo vigente ou com ideologias dentro do senso comum. Dessa forma, com algumas outras especificações, Descartes acredita que se é possível chegar à uma verdade sólida sobre o que se pesquisa.

A forma da escrita Descartiana, como pude perceber, é bem parecida com o modelo de sua época (e até mesmo anterior a ele). Esta forma é o discurso escrito; posto que lê-se como se ele estivesse proclamando estas palavras. É possível perceber tal maneira escrita em Proudhon. Pode ser que fosse comum apenas transcrever o discurso, ou que a única maneira que conseguiam expressar seu conhecimento científico fosse este: pessoal, subjetivo e em primeira pessoa. Tal maneira de escrever o discurso está atrelado ao jeito pelo qual se expressa um pensamento. Afinal, pensamos textos discursados, para somente depois disso estruturá-los em terceira pessoa, ou outra forma qualquer que seja.

Após uma reflexão simples, é possível compreender, de fato, o porquê de se idolatrar tanto este personagem histórico. Com muitas descobertas e invenções, Descartes firma seu conhecimento séculos após sua morte. Está aí um exímio pensador.